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Quinta-feira define quartas de final do ATP Challenger de Campinas


16 de outubro de 2024

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O ATP Challenger 100 de Campinas entra em fase decisiva nesta quinta-feira, com jogos importantes na Sociedade Hípica, a partir das 10h. O brasileiro Pedro Sakamoto abre a rodada enfrentando o peruano Juan Pablo Varillas em busca de uma vaga nas quartas de final de simples. Outros brasileiros, Matheus Pucinelli e Karue Sell, também jogam para avançar no torneio.

Nas duplas, os brasileiros Felipe Meligeni e Marcelo Zormann estarão em quadra, assim como o vencedor da partida entre Mateus Alves/Orlando Luz e a dupla Gustavo Heide/Bruno Oliveira.

O destaque da rodada de hoje foi o jogo entre o boliviano Juan Prado Angelo e o português Henrique Rocha. Os dois integram a nova geração do tênis mundial. Aos 19 anos, Prado Angelo foi número 1 do mundo juvenil, vice-campeão de Roland Garros e parceiro de João Fonseca nas duplas em Wimbledon. Henrique Rocha, 20 anos, não teve tanto destaque no juvenil, mas vem crescendo rapidamente no profissional. No confronto de hoje, Prado Angelo levou a melhor, vencendo por 7/6(11) 6/4.

Pedro Sakamoto/ João Pires Foto Jump

Felipe Meligeni/ João Pires Foto Jump

Juan Prado Angelo/ João Pires Foto Jump

Rocha é treinado por um das poucas, senão a única mulher no circuito, a portuguesa Neuza Silva.

Ex-tenista profissional e ex-número 133 do ranking mundial, é uma das raras mulheres a atuar como técnica no circuito masculino da ATP. Após sua aposentadoria em 2010, Neuza iniciou sua trajetória no alto rendimento em 2017, trabalhando para a Federação Portuguesa de Tênis. Ao longo de sua carreira, ela treinou tanto homens quanto mulheres, mas encontrou uma conexão especial com o circuito masculino, onde atua há quatro anos, acompanhando atletas de alto nível.

A presença feminina no comando técnico do tênis masculino ainda é rara, e Neuza pode ser uma das poucas mulheres, senão a única, a desempenhar essa função atualmente. Amélie Mauresmo, ex-número 1 do mundo, também traçou um caminho semelhante ao treinar Michael Llodra e Andy Murray, porém, por um período mais curto.

No entanto, para mulheres como Neuza, o desafio de se firmar no circuito masculino vai além da técnica em quadra. Em um ambiente predominantemente masculino, muitas vezes marcado por atitudes machistas, ela enfrenta esses desafios com naturalidade. “Eu gosto do trabalho. Sempre foi minha vida viajar e estar no circuito, e sinto que todos me respeitam. Temos que focar no ser humano, não no gênero. Não me importo com machismo, faço meu trabalho e dou o meu melhor”, afirma.

Atualmente, Neuza Silva está no ATP Challenger 100 de Campinas, no Brasil, acompanhando os portugueses Henrique Rocha e Jaime Faria, atletas com quem trabalha desde jovens. “Tenho uma ligação muito forte com eles. Conheço ambos muito bem e dou espaço para que possamos trabalhar em harmonia. Viajo muitas semanas por ano com eles e, independentemente de serem homens ou mulheres, é fundamental construir uma relação pessoal para ter sucesso no lado profissional”, explica.